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Planeta das infinitas possibilidades

   

Escrito por Bia Bastos em 08/12/2019

 

 

Sempre quis visitá-lo. Lá posso escolher a cada dia o que quero ser. Ontem escolhi ser transparente por três dias, acordei cedo e me diverti bastante ao colocar a roupa e me olhar no espelho, fiquei rodando com meu vestido.  Logo em seguida, tirei, é claro, afinal, não queria assustar as pessoas na rua, nem causar alarde. 

Decidi que ia me aproveitar da minha situação e viajar para a China, já que, em dias comuns, a passagem de primeira classe é uma fortuna. Foi assim que fiz, achei um assento vazio extremamente confortável no vôo e aproveitei a viagem de primeira classe. 

 

Estar transparente é muito legal. No primeiro dia, fui na floresta de bambus e sentei do lado dos pandas sem assustá-los, ajudei um filhotinho a subir na árvore, para ficar do lado da sua mamãe. 

Resolvi também ter aulas gratuitas de Kung Fu, em meio aos monges genuínos que moram no mais alto templo dos Himalaias. Chegando lá, meditei com eles depois de muito suar durante a aula com o movimento de cada golpe preciso como um animal. Durante a meditação, abri os olhos e pude perceber que o mestre reparou na minha presença e sorriu para mim. 

 



No segundo dia, andei na muralha da China, andei bastante, o máximo que consegui, até ficar bem distante das luzes das cidades. Quando anoiteceu, deitei no chão dela e fiquei a noite toda olhando o céu mais estrelado e bonito que já vi. Cheio de estrelas cadentes, galáxias em forma de bichos. Lembrei que se podemos fazer três pedidos só de achar as três Marias, imagina vendo tantas estrelas assim? Não pude contar quantos pedidos fiz para cada constelação, fiz pedidos para minha família, amigos, desconhecidos e para o meu cachorro também. 

 

A única parte um pouco mais complexa de ser transparente é comer bem sem que ninguém se dê falta da comida. Mas nem foi tão difícil assim porque ia sempre em restaurantes tradicionais e, especialmente o de ontem, tinha o chef the cozinha We, que fazia sempre comida em abundância em seu Wok. 

 

No terceiro dia acordei muito cedo e peguei um barco, num rio em meio a natureza exuberante, em direção às plantações de arroz. Chegando lá, aprendi a cuidar da plantação e esperei o anoitecer só para ver a paisagem impressionante das imagens das pessoas e do céu refletidos na água. Hora de voltar para casa.

Voltei muito feliz e agradecida por toda aquela grande diversão! Hora de acordar de novo, humana, na Terra. Quem sabe vou lembrar dessa enorme aventura? Espero que sim! 

 

 


Escrito por

Bia Bastos

42 years - Founder of Pervaleo
I am an entrepreneur, who loves doing yoga, windsurfing and meditation. I write letters to my son since he was a little baby. You can read them on my personal blogspot called The world for you.

 

 

 


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