Sabe Vitor a vida é impermanente e todas as vezes que se cria uma falsa estabilidade ela nos mostra que nada é tão certo como o imprevisível.
Pessoas entram e saem de nossas vidas por vezes de forma intensa, avassaladora, impossível não perceber e outras vezes de forma mais sutil, quase imperceptível mas sempre presente, constante.
Despedidas são sempre dolorosas, mas muitas vezes necessárias. É o momento de fechamento, do fim, quando o aprendizado entre almas nos avisa que o melhor já passou que daqui em diante a troca não é mais necessária.
A despedida nos gera saudades de tudo o que foi bom, dos grandes momentos, mas dos pequenos também. Dos momentos de grande energia e daqueles em que ela foi terminando e que nos deixa sem alternativas que não desapegar.
Quando o sabor doce começou a amargar? Quando o que trazia paz passou a trazer tristeza?
Quando o que era seguro e leve passou a ser a ser instável e pesado?
Quando o sorriso foi substituído pelo choro?
Quando o fácil foi substituído pelo difícil?
Quando as palavras deixaram de ser ditas e criou-se um abismo?
Culpa de quem? Sem culpados na verdade. Simplesmente aconteceu, já deu, já passou.
Vida que segue e que novas pessoas surjam que novas histórias sejam vividas que possamos nos aproveitar do melhor do outro, de cada aprendizado.
Porque em realidade a despedida maior de todas não é a do outro mas sim a despedida do seu antigo eu que parece o mesmo mas foi sultimente modificado pela troca e presença da outra pessoa em nossas vidas.
Então, Vítor, da próxima vez que tiver de se despedir de alguém lembre-se dos momentos bonitos, agradeça a parte boa, sincera e siga em frente na certeza que novas experiências e trocas virão. Lembre-se também de aprender com as experiências vividas, elas sempre nos trazem algo de bom, afinal somos feitos de tudo aquilo que vivemos, recordarmos e sentimos.
Que a despedida seja sempre do velho eu e que o espaço para o novo seja aberto sempre que necessário!